Eterna busca

De tanto querer já nem posso

Da gota eterna do suor contido

Sobrou o aparato daquele livro

Meu interior te canta eternamente

Sofrer já nem é castigo

Minha busca não tem fim

A razão já me deixou faz tempo

Te acho na esquina da ilusão

Te perco no colo da saudade

Canto aquela canção estranha

Deixo de sonhar e já te acho

Como um sabor exótico e profano

Quero provar da tua boca

A tarde que vem me perseguindo

Já é tarde pra te encontrar?

Nem sei, é tarde?

Se for me digas sem pena

Vou pegar minha caneta

Sumir no mundo e aprender

Que nem sempre encontramos

Aquilo que nos faz viver

Nessa eterna busca vou envolvendo

Alguém que agora passa

Deixo de ser sozinha e sem graça

Confesso que talvez tenha encontrado

Se vou perder ou nem acho?

Sem problema vou insistir

Quem sempre procurou tem esse dom

Se não for você vou prosseguir.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 29/12/2008
Código do texto: T1358342