Destino

Não suporto como o destino me engana,

Me chama para a escuridão,

Me atira, depois, para o chão,

Que não é mais senão um buraco…

Sonhar contigo, é já tortura,

Perco a cabeça por não te poder tocar,

Desejo que me peças para esquecer tudo…

E esquecer o mundo é tudo o que preciso…

Tudo o que preciso afinal és tu!

Perco-me nas horas, nos dias, na rua…

Perco-me na tua beleza discrepante,

Diferente de tudo o que conheci!

Sinto-me louca sonhadora,

Escritora de devaneios irrealizáveis.

E és algo que nunca imaginei!

Sinto-me eu mesma renovada,

Sinto a alienação apoderar-se de mim,

Novamente, como antigamente…

Detesto não saber o futuro,

E, na verdade, sinto-me feliz…

És o herói dos contos da minha infância,

Que nunca me contaram.

És a mais pura ilusão que poderia ter.

Quero conhecer tudo de ti,

E, no entanto, prefiro nada saber…

A ilusão mantém-me sóbria,

O sofrer mata a minha vida embriagada de paixão.

15 de Abril de 2006