Toda torta

Sem rimas, sem música

Sem sentido ou cerimônia

Sem retas ou finais

Abrindo portas

Sentindo os cortes

Invadindo cabeças

Arrepiando mundos

Sem chavões ou preconceitos

Dormindo na corda bamba

Andando sobre brasas

Apagando certezas

Degustando as sobras

De sentimentos reprimidos

De passeios sem volta

De partidas sem idas

De uma vida toda torta.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 22/01/2009
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