Sem rumo

A busca incerta

O cambalear do bêbado

O calar das línguas

A aurora que insiste em ficar

A doçura que teima restar

O amargo gosto de sentir

O pulsar desse peito vulgar

O andar malicioso do encontro

O sonhar com teu olhar

A sombra de um lugar

O abraço sem braço pra abraçar

As mãos vazias querendo tocar

O canto em que fico a esperar

Do canto que da boca não vem

Restam migalhas de poemas

Que resgato nas páginas de alguém

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 31/01/2009
Código do texto: T1414611