Disperso na Agonia

Noite chuvosa,

De solidão,

De tristeza e de alegria.

Manto negro, lacrimoso,

Entrelaça-se em meu ser,

Aconchega-me calorosamente

Com sua frieza,

Com seu desespero.

Conduzi-me a insanidade,

Rasga meus tímpanos

Com teus gritos de tristeza,

Faz-me chorar com tua melancolia.

És tão pura,

E tão sentimental,

Que refugiar-me

Em teu sofrimento,

É fazer parte dele,

É conhecer a mim mesmo

É tentar compreender... Enlouquecer...

No infinito de teu obscuro

Sinto-me

Liberto, simplificado.

Como és bela!

Chego a quere rasgar

Meus pulsos,

Derramar este sangue desgraçado,

Sentir tuas lagrimas

Nessa carne miserável

Sentir tua magnitude

Desesperando meu ser,

Na árdua e dolorosa psicose.

Como és linda, esplendorosa.

Deixa-me ao teu lado,

Não és falsa e nem humana.

Noite chuvosa,

De solidão e desgraça

De morte e vida.

Moizaniel
Enviado por Moizaniel em 22/04/2006
Código do texto: T143344