OPERÁRIA de IMPRESSÕES*
A sala vazia e o peito
cheio de poesias
sedentas, agridoces
A moça se perde
pelos cômodos...
Nos ruídos incômodos
que ela expele.
Pede bis pelos poros,
incorpora algo santo
e impróprio pelo próprio
nariz.
A moça é feliz por espasmos,
por vielas e fantasmas que
ela encontra em óperas...
A moça é operária...
Literalmente concebida
pelas coisas doloridas
que ela encontra pela sala.
Essa moça pouco fala
quando exala impressões.
Digitais de mim...