DE ARMA EM PUNHO

De arma em punho, atirei no acaso.

E por acaso mesmo, acertei no futuro.

O sangue do tempo escorreu por entre

anos animais.

E o gemido do vento que passava

tresloucado em busca do espaço,

se fazia ouvir por todo o além.

Então, rápido, chegaram os juízes.

Aqueles das grandes causas.

E disseram que eu matava o tempo à toa.

Que precisava me ocupar com coisas chulas.

Que eu montasse uma banca na feira ou

fosse escrever poesias pra vender.

Minhas poesias não vendo! Só vendo a cara deles!

Foram me julgando, como todo mundo faz,

quando não tem o que fazer.

Recolhi minh'arma e desalmei o espírito.

Puxa! Foi mesmo uma experiência e tanto!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 19/06/2009
Código do texto: T1657628
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