TORNE A HORA

Esta hora nervosa não passa,

Fica de pirraça e descabelada,

Finge um entender de ‘não sei’

E depois sofre desconsolada

Até o fim do dia.

Uma hora assim perdida

Não volta a acontecer, se vai,

Passa entre os vãos abertos do tempo

Para esquecer que ainda se esvai.

Ó hora insensata! Não pare, não cale,

Prossiga a jornada e torne a viver.

Sinta-se entusiasta do momento,

Levante a bandeira da alvorada,

Seja proveitosa, rica, desejosa,

Avance em seu valer e saber

E carregue de vez com esse mal-querer!

SÃO PAULO, 24 DE JUNHO DE 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 24/06/2009
Código do texto: T1664882
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.