SEM EIRA NEM BEIRA

Nada como avançar sinais.

Transgredir normas.

E, de todas as formas,

ser peculiar no avesso.

Usar gesso no polegar e

sempre estar positivo.

Ser ativo, como militante.

E, concomitante, desfazer versos.

Desrimar olhos e abrolhos.

Mascar chicletes grudentos

e cantar O Sole Mio.

Ser um chato de mala.

E um galocha sem alça.

Alçar o cume do prazer

escondido sem ninguém te ver.

Mesmo sem eira. Nem beira.

Mesmo sem doutorado.

Mesmo sendo Amado.

Com Zélia, é claro.

Seu Jorge.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 28/06/2009
Código do texto: T1672319
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