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Aconteceu hoje no meu tempo

Um momento de lucidez

Que balançou minha cabeça

Vomitando do meu cérebro

O pó que segura os ponteiros

Que movem as engrenagens da minha mente

Sensível à percepção das coisas

Me preparei para ordenar

Eu sou, alguém já me disse

Então para que me enterrar

Foi pensando assim

Que larguei a caneta

Que assinava meu óbito

O sol é meu

A lua é minha

A natureza em si faz parte de mim

E no espelho sou refletido com ela

A vida é minha

A morte é minha

Não minha companheira

Talvez minha amiga

Mesmo que eu não queira

O lixo da natureza está enlatado

O seres humanos estão nestas latas

E eu não sou excessão

Pois não fugi a regra

E nem podia tentar

Sendo que as saidas são entradas

Para novas saidas

Onde não a escape

E sim novas entradas

Enviado por PÉ em 15/06/2006
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