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Aconteceu hoje no meu tempo
Um momento de lucidez
Que balançou minha cabeça
Vomitando do meu cérebro
O pó que segura os ponteiros
Que movem as engrenagens da minha mente
Sensível à percepção das coisas
Me preparei para ordenar
Eu sou, alguém já me disse
Então para que me enterrar
Foi pensando assim
Que larguei a caneta
Que assinava meu óbito
O sol é meu
A lua é minha
A natureza em si faz parte de mim
E no espelho sou refletido com ela
A vida é minha
A morte é minha
Não minha companheira
Talvez minha amiga
Mesmo que eu não queira
O lixo da natureza está enlatado
O seres humanos estão nestas latas
E eu não sou excessão
Pois não fugi a regra
E nem podia tentar
Sendo que as saidas são entradas
Para novas saidas
Onde não a escape
E sim novas entradas