O Homem que se Convenceu
Vi que muitos homens escrevem sua história
Com as cinzas da tristeza das guerras
E se iludem no ostracismo a mergulhar
Suas intenções em venenos de tinta.
Carregam suas vertigens explosivas
E insistem em desafiar suas memórias.
São loucos desatinos que pensam de convencer
Aos que lhes querem a prova.
Mergulham no abismo dos pensamentos
Que não traduzem o coração,
Vão sem destino à risca dos próprios conceitos
E se perdem na vastidão de suas inglórias.
(de “O Homem que se Convenceu”, da autora)
São Paulo, 1 de setembro de 2009.