Delírios de uma jovem

Despida a esperar, aguarda ansiosamente

Seu corpo começa lentamente a molhar-se

Olha a todo instante para o relógio

E os minutos que antecedem a chegada

Tornam-se eternos

Suas mãos inquietas e insaciáveis

Começam a flanar pelo próprio corpo

São carícias que esperam do seu amado

Vagarosamente explora cada centímetro da sua pele

Seus peitos, agora enrijecidos, demonstram

Que é enorme a sua excitação

Procura por sua intimidade

Ali permanece e com movimentos suaves

Inicia-se a sua viajem

E com os olhos cerrados, se ludibria

Com a maravilhosa sensação

Agora seus poros transpiram tesão

Contorce-se, a cama se torna pequena

E o seu suor que escorre por todo corpo

Deixando-a condensada

Mistura-se ao seu gozo

Quer sentir o seu próprio gosto

E lambe os seus dedos

Que até nesse instante se encontravam encravados

Em seu interior

Exausta... e nua, procura por um cobertor

Que a possa aquecer

Em mais uma noite que termina

Fria, solitária e em plena escuridão

Passou ansiosamente esperando o seu amado chegar

Mesmo sabendo que ele nunca virá

Assim são todas as suas noites

Com os seus delírios

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 10/09/2009
Reeditado em 10/09/2009
Código do texto: T1801910
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