Versos Nortunos

Versos Noturnos

À noite me fala coisas

Que as manhãs tentam esconder

Nas noites das grandes cidades

Transeuntes se apreçam nas calçadas

Protegendo-se na luz amarela dos postes

No escuro um marginal magricela

Apreça-se para esconde seu revolver

Na noite a morte é nossa companheira

Desavergonhada salta aos olhos!

Caminhando pelas ruas vestida de noiva

Só a sorte sabe quem são seus novos noivos

Na noite negros gárgulas infernais

Misturam-se aos anjos nas catedrais

Durante a noite leves brisas

Tornam-se densas brumas

O acaso faz festa na madrugada

E o destino dorme como uma criança

A noite tem coisas visíveis e coisas ocultas

Têm políticos corruptos saindo com travestis

Pais de família beijando a boca de prostitutas

Jovens senis jogando fora sua boa vida

Inocentes tentando fugir da policia

Todos os males saem à noite

Os fantasmas do dia se tornam realidade

A justiça brinca de roda com a maldade.

Depois dás doze badaladas a malicia está solta

Pois, a inocência foi dormir ás nove.

São João de Meriti, RJ, 9 de Maio de 2006.

Valdemir Costa.

Valdemir José da Costa
Enviado por Valdemir José da Costa em 04/07/2006
Código do texto: T187530