Fria madrugada, eu calada
Levanto de mansinho
Deixo dormindo o meu benzinho
Saio ...pés descalços na gélida calçada.
 
Três, quatro hrs da madrugada
Não sei... espio
O céu escuro... arrepio
Vislumbro... o colorido das flores
Quase não as vejo... sem cores.
 
De repente... a brisa assobia
Vem o vento devagar
Voa e vem... já me via
Sibila meu nome a vagar.
 
Agora muito forte... o som aumenta
Meus cabelos ao seu sabor.
Camisola grudada em meu corpo
A seda nua, ou nua a seda.
 
Me abraço desprovida de coragem
Vejo ao longe a miragem
Vermelha e quente, uma entidade?
Varrendo o céu, à noite
Quase me levanta do chão... quase um açoite.
 
E ruge!.Eu sou a dona da noite
A verdade!

Sou a dona do vento
A vaidade!

Sou a dona da vida
A eternidade!

Sou o vento que venta
E derruba!

Sou raio que rasga
E renasce!

Sou a brisa suave
Que nasce!

Eu sou você amanhã!.

sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 23/10/2009
Reeditado em 31/05/2013
Código do texto: T1883610
Classificação de conteúdo: seguro