Mesmo assim...
 
Mesmo assim te amo...
Coisa estranha este visgo sentimental...
Nunca vejo o sol se pôr...
Nunca vejo o dia nascer...
Vivo por viver...
 
Faltam palavras...
O peito está vazio...
Não existe o que? Porque?
Simplesmente vazio!
Abstenho-me da verdade?
 
Os olhos vêem...
As emoções fluem...
O sexo aflora...
O prazer explode...
Mas... A vida se cala...
 
A distância teimosa persiste...
A solução não resplandece...
Mesmo assim...
Talvez a idiotice...
Talvez a covardia...
 
Mesmo assim...
Juntos, renasce à esperança...
Distantes... A frieza impiedosa...
Quantas mentiras...
Fantasiosas verdades...
 
 
Mesmo assim...
Um dia quem sabe...
Um fim...
O corpo morto...
O espirito vagando...
 
Mesmo assim...
 
Não há explicação...
Mesmo assim...
Vivo o prâmbulo do ser...
Ou não?
Mulher... Ah! Você...
 
Mesmo assim...
 
 
                            Carlos Sant’Anna

http://www.abralieditora.com/operacaofatorzero/index.htm

 
 
Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 10/12/2009
Reeditado em 07/04/2010
Código do texto: T1970668
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