Enfim o fim

Não há outro meio a não ser, ser sincero

Meu bem, eu devo entregar-te a verdade

Numa bandeja arrumada com tal esmero

Que alimentará ainda mais a tua vaidade

Meu desejo, não mais posso conter, é vero.

em meu peito, meu coração se parte de saudade

Não acredito que me desejes mal, eu espero.

Longe de ti, perdi completamente a sanidade

Mulher, juro pelos meus testículos. Sei, é escroto!

Te daria todo meu sangue numa vasilha. Sorria!

Diante de você se humilha um homem morto

E não um boêmio recém saído d´uma orgia

É certo, me comportei como um vadio torto

Mas olhe-me nos olhos e só verás agonia

De quem contempla tua graça alegre, absorto

Pois me Iluminas ainda mais que a luz do dia

Devias parar de lembrar-me que te abandonei

Que eu deixei-te sofrendo por medo

Ouça pela ultima vez o que te direi

Acalma-te, respira e abaixa o teu dedo

Vou sair da tua vida para sempre, prometo

Não ralhe comigo, por ser quem sou

Posso ser amargo como um café preto

Mas não esqueça. Fui o primeiro que te amou

Duvido muito que te amarão como te amei.

Meu bem, te deixarei agora enquanto é cedo

Tudo acabou mas não da forma que sonhei

Saltarei hoje da ponte Buarque de Macedo

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 11/12/2009
Reeditado em 12/12/2009
Código do texto: T1973119
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