CONTESTAMENTOS ÍNTIMOS
É como se o nada fosse como as incertezas da insensatez do desejo.
São multidões de desafios nos olhares perdidos num canto de escuridão.
Passado-se o tempo, apenas o nunca da certeza te consome como animal inconseqüente de perdões obtidos pela consciência do não.
Não de contestamentos claros, mas sim, íntimos.
Minto se digo que amo amar o amado amando as lágrimas de tempo sofrido, como se o nada fosse como fosse!
Digo a verdade quando digo que os anjos estão brincando em águas de alegria, embaixo da perfeição da sua oração de clamor ao espírito de busca.
Sinto como se tudo o que foi futuramente será nada como se fosse agora o nunca do teu pensar certo de clarezas e um pouco obscuro ao azul do oceano.
Mar de ilusões infinitas, tanto como formas ou sensações.
Então, cai-se o manto de profecias do eterno infinito, como se não há nada, e sim tudo!
Ainda sim, busco definir como as cores transformam-se na harmonia do finito horizonte de sonhos pressentidos.
Será a voz das estrelas?
O silencio da musica?
A canção da chuva?
O amanhecer do velho levantar?
Ou sua redenção?
E os olhos afoitos perdem-se no orvalho e no cheiro da flor. E o eterno infinito consagra-se na esperança dos teus olhos.