CONTESTAMENTOS ÍNTIMOS

É como se o nada fosse como as incertezas da insensatez do desejo.

São multidões de desafios nos olhares perdidos num canto de escuridão.

Passado-se o tempo, apenas o nunca da certeza te consome como animal inconseqüente de perdões obtidos pela consciência do não.

Não de contestamentos claros, mas sim, íntimos.

Minto se digo que amo amar o amado amando as lágrimas de tempo sofrido, como se o nada fosse como fosse!

Digo a verdade quando digo que os anjos estão brincando em águas de alegria, embaixo da perfeição da sua oração de clamor ao espírito de busca.

Sinto como se tudo o que foi futuramente será nada como se fosse agora o nunca do teu pensar certo de clarezas e um pouco obscuro ao azul do oceano.

Mar de ilusões infinitas, tanto como formas ou sensações.

Então, cai-se o manto de profecias do eterno infinito, como se não há nada, e sim tudo!

Ainda sim, busco definir como as cores transformam-se na harmonia do finito horizonte de sonhos pressentidos.

Será a voz das estrelas?

O silencio da musica?

A canção da chuva?

O amanhecer do velho levantar?

Ou sua redenção?

E os olhos afoitos perdem-se no orvalho e no cheiro da flor. E o eterno infinito consagra-se na esperança dos teus olhos.

FLORA DO AR
Enviado por FLORA DO AR em 07/08/2006
Código do texto: T211314