Cronômetro
Os segundos passam...
Levando consigo os minutos,
Que desenfreadamente, levam as horas.
Que por conseqüência do destino,
Levam os dias...
E eu?
Eu fico aqui.
Até quando?
Não sei...
Aliás, o que sei?
O mundo é tão obscuro...
Não adianta eu tentar clarear.
Sinto uma vaga presença
No entanto, tudo tem sido vago por completo
E o cheio que tenho,
É apenas um barril de sentimentos envelhecidos.
O amor, derrama sangue.
A minha tristeza, o leva...
Leva para o rio da minha amargura
Nesta floresta que abrange meu corpo
Como uma lâmpada que pisca.
Pisca noite e dia
Até uma hora se apagar.