O SER NADA

Eu nunca tive nada
E de repente até o nada
Foi me tirado de supetão
E assim do espaço vazio
Do antes nada ecoante
Eu me vi meio tétrico
Entre lufadas e maçadas
Dono de cara amassada
E ao lembrar do nada eu chorei
Foi aqui que constatei que da vida
Nunca nada eu esperei, bem sei
E com esse mesmo nada me resignei
E sem esperanças de mais nada...
Eu dei volta, me virei, dei um aceno longo
Para num rompante perceber em seguida
Que por essa vida toda simplesmente me anulei.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 29/04/2010
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T2227846
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