Hoje não quero palavras,
Prefiro o silêncio de meus gritos mudos...
Hoje dispenso todos os versos,
Recolho-me nos esconderijos de meu universo...
Hoje não usarei métricas ou rimas,
Prefiro as estrofes perdidas nas esquinas...
Hoje não quero prosa, conselhos ou orações,
Fico com a beleza irreverente das pichações*...
Hoje, apenas hoje, quero calar a poesia
E deixar falar esta escrita vazia...
Desprovida de sentido.