Opala de fogo, o jogo da cor

Ora rindo sua loucura planejada

Ora chorando sua doçura derramada

Sorrindo ou dando gargalhada

De todas as cores pode exibir

Seus tons, batons, beijos

Tudo se dá num lampejo

Onde o tudo é um pouco do nada

Entrega-se ao primeiro que passa

Enfeitiço por sua cor indefinida

Atrai pelo brilho do olhar

A vítima em segredo se entrega

Nem sabe que a bruta se esconde

Dentro de seu casulo singular

Esconde-se no destino que criou

Na pedra que escudo se tornou

Para que outro dia seja encontrada.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 26/05/2010
Código do texto: T2280751