Gênelipse

Do meio recíproco do preto e branco

Onde nada se confunde com o existente,

Consigo erguer de pobres forças exaustas

Minhas mãos plúmbeas e inconcientes,

Desnorteadas e inconsequentes,

Buscando, confusamente, encontrar a brecha

De onde atravessou-me a alma

Uma luz pungente, que me embriagou os olhos

Fazendo-me esquecer.

Sinto mãos se embolando em meus cabelos.

Alguém tá cantarolando pra mim

Uma música que me faça dormir.

Sinto uma nostalgia tão amarga

De lugares que jamais vi.

Quem sou eu?

Quem eu sou?

(Jefferson Rodrigo)

Jefferson Rodrigo
Enviado por Jefferson Rodrigo em 12/09/2006
Reeditado em 12/09/2006
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