Loucura
Oh insanidade que me és tão cara,
Abençoada loucura inócua, e a mim tão necessária.
Constrange-me com suas verdades tão sãs.
Em devaneios vi que a alma é eterna,
Pois, o infinito é fato.
Em delírios, visões de épocas que não foram.
Nas crises percebi que a anti-matéria existe,
E nos consome a partir da angústia.
Nas rezas, não há pedidos, não há reclamações,
Apenas entendimento que insanos possuímos
E aceito muito honrado essa solitude,
Que minhas loucas percepções me impõem.
Solidão de prazer inefável
Solitário é quando me ponho ante meu ser,
E observo para com ele aprender a ser mais Eu.
Somente aceito viver uma vida de conceitos e pré-conceitos sãos,
Por que, quero que quando insano deixem-me em paz.
Pois, somente assim louco conversando comigo, e conversando com Cristo,
É que encontro cura para minhas Chagas.