Loucura

Oh insanidade que me és tão cara,

Abençoada loucura inócua, e a mim tão necessária.

Constrange-me com suas verdades tão sãs.

Em devaneios vi que a alma é eterna,

Pois, o infinito é fato.

Em delírios, visões de épocas que não foram.

Nas crises percebi que a anti-matéria existe,

E nos consome a partir da angústia.

Nas rezas, não há pedidos, não há reclamações,

Apenas entendimento que insanos possuímos

E aceito muito honrado essa solitude,

Que minhas loucas percepções me impõem.

Solidão de prazer inefável

Solitário é quando me ponho ante meu ser,

E observo para com ele aprender a ser mais Eu.

Somente aceito viver uma vida de conceitos e pré-conceitos sãos,

Por que, quero que quando insano deixem-me em paz.

Pois, somente assim louco conversando comigo, e conversando com Cristo,

É que encontro cura para minhas Chagas.

Gutemberg DeMoura
Enviado por Gutemberg DeMoura em 02/08/2010
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