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E não há nada no mundo que prove a minha existência

Insignificante, impotente, frágil e desconsolada

Não espero pena e seus sinto muito, somos todos tão passiveis

De erro, acerto, misericórdia e traição!

Não, não sou nada alem de um vão

Um vácuo na existência pífia e insignificante

E quando eu morrer a musica vai parar de tocar

Mas as pessoas continuaram a falar

Falar bobagens sobre a roupa da minha esposa

Piedade pelos meus filhos, saudade das palavras gentis

Gentileza claro, eu tenho isso, mas é tão raro e tão complicada

Aprendi cedo que a gente não pode ser bom

Sabe como é bonzinho só se fode, então foda-se também não quero ajudar a ninguém

E isso vai ser o meu bem, porque quando morrer e tiver meu dinheiro

Ah meu dinheiro, esse não me salvará, das palavras cruéis

Das pessoas interesseiras, dos deslizes, das mancadas, dos abandonos

No final se nada importa e serei esquecido, deveria procurar fazer algo para ser lembrando

E o que percebo é que só dos males a gente lembra

Mas daqueles arrepiantes, assassinatos de judeus

Sumiço de filhos de uma pátria qualquer

Não importa! Desde que envolva morte, traição e guerra

Serei bem lembrado, mas para quê?

Sempre quis ser tão bom então não quero provar que existo

Se penso ou não penso não importa se um dia acordar de todo esse sonho ruim

E isso for realmente verdade lembre-me de escrever de alguma forma

De dizer que dentro dessa mente sádica existe muita gente sofrendo

Muita gente dentro do meu ser? Mas será o Benedito!

Esse menino não para

Escreve no chão, escreve no quarto, escreve na sala!

E as minhas paredes sempre riscadas, fala sozinho

Canta, ri, e se diverte, queria uma chance, um minuto, um pensamento

E dilacerá-lo, degustar a molho pardo, seria curioso alimentar-me de seus pensamentos

Antes sórdidos agora saborosos

E o tiozinho da praça venderia no espeto, pensamentos do cabeça de papelão

Ora, ora por que não, por que não?

Horse Spirit
Enviado por Horse Spirit em 03/08/2010
Código do texto: T2415179
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