Não esperem de mim...

Não esperem de mim

as palavras otimistas

ou camisas coloridas

que agradam a mente dos hipócritas,

porque eu vi a Fúria holocáustica

que range os dentes sobre os templos...

Não esperem de mim

os poemas humorísticos

ou louvores pró-políticos

que enfeitam a boca dos fingidos,]

porque eu vi a Bruxa cataclísmica

atrás dos risos dos desastres...

Não esperem de mim

as tiradas de alto astral

ou tributos ao normal

que cantam: “tudo vai tão bem”,

porque eu vi o Olho catastrófico

se abrindo no correr dos anos...

Não esperem de mim

esperanças no moderno

ou que me curve ao que é “certo”

que encanta os gozos dos “senhores”,

porque eu vi o Corvo Majestático

ardendo em febre no futuro...

Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 17/09/2006
Reeditado em 17/09/2006
Código do texto: T242152