PIPOCA

Pipoca poca,

gordurinha,

vossoroca,

pena de ganso,

pena de pato,

assim

eu não descanso,

assim eu só me mato.

Que porreta essa

rima de nada com nata

se o leite já desanda

e aqui na minha cama

não tem sol nem tem calor.

Ô meu amor,

sai dessa vida,

atribulada, corroída,

tão corrida, poluída,

de esquentar marmita

em pedra dolomita

e gás sem emoção.

Faz isso não,

o planeta não aguenta,

minha pimentinha cor magenta

meu sarau, meu alimento,

sou teu amo, teu jumento,

sou teu amor em desalento.

Pipoca, nota essa nota

sem respaldo. Esse tom

de quem tá fora como o vento

mas que sabe ser atento

aos porvires do amanhã.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 07/08/2010
Código do texto: T2424873
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