A morte de uma falena
As flores têm longos espinhos
Que sangram a mais tenra sensibilidade
Fingindo sinceros carinhos
Na mais enganadora e perfidiosa felicidade.
Um cravo tão límpido e inocente
Que escondia o fatal veneno
Balouçando suas´pétalas contentes
O mais belo ser terreno.
Encantou-se dele triste falena
Deleitada pela brancura que emanava
Com o perfume da verbena
Quebrou as asas dessa que o amava.
E esta falena sucumbiu
Sem tempo para um adeus
Seu amor a traiu
E ela entregou-se a Deus.