A morte de uma falena

As flores têm longos espinhos

Que sangram a mais tenra sensibilidade

Fingindo sinceros carinhos

Na mais enganadora e perfidiosa felicidade.

Um cravo tão límpido e inocente

Que escondia o fatal veneno

Balouçando suas´pétalas contentes

O mais belo ser terreno.

Encantou-se dele triste falena

Deleitada pela brancura que emanava

Com o perfume da verbena

Quebrou as asas dessa que o amava.

E esta falena sucumbiu

Sem tempo para um adeus

Seu amor a traiu

E ela entregou-se a Deus.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 19/09/2006
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