ESCÁRNIO DE MIM...

Perdoe-me por causar-lhe escárnio.

O novo encanta-á em demasia...

Minha tristeza advém de tua alegria;

Entrego-lhe em mãos todo meu desvario.

Observo passivo teu carnaval...

De minha quarta-feira de cinzas.

E,meu eu,em teu eu mingua...

Devastando-me... Tal tirânico vendaval.

E percebo teu escárnio velado...

Que torna teu ódio transgènico;

E,disfarço plenamente meu pânico...

Mas...nada que eu fale,anula o que tenha falado.

Observo-te...absorta em teu céu...

No delírio angustiante de meu inferno;

Tentando visualizar sob teu véu;

O sofrimento de meu amor eterno.

Perdoa-me por causar-lhe escárnio...

De novo,o novo lhe seduz.

E,aos poucos,a loucura conduz;

Ao fosco e nada lúcido cenário...

LEILSON LEÃO

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 06/10/2006
Reeditado em 09/10/2006
Código do texto: T258090