Desvairado.

Um dia diafragmei no meu ciclo, desencantei meu decifro, estagnei num verso’iclo de onde a canção se fluvia...

Um dia solucei os ventos, procurei entre versos e tentáculos de acordes, inteiros decifros em cifras, que arranjasse a causa, o suor da cor, do sentido dos anos em que os meus fios se pratearam na busca do que tenho em incompletos completos sonhos e declives...

Ah! Diante do não, do desencanto do tom acima do alcance, do entrelace dos dedos calados no tempo, enforcando as pálpebras do legítimo córrego, engolir um corpo de wisque em um copo que intensifique como se a chuva ainda estivesse no outono, se as folhas subissem aos cursos dos rios, se o sol apagasse a claridade da lua e um pingente que acompanha a magnitude do brilho luau se ofuscasse.

Um dia sorri com os poros vibrantes como se a traquéia desse ser velejante, embarcasse nas ondas em dunas gigantes e penetrasse no caule pulsante do magnetismo profundo que dersminerei em pérolas, roxas e veios, que me doa seu eco silencioso, o mais puro e misterioso, salivar seco e tenebroso...

Em ondas inflamáveis, informatizados pelo intacto do desejo, que tremem o cerco de um arpejo, invoco uns pontos máximos de um periférico, onde a minha minúscula matéria, sobrevive aos relevos dos tempos, dos indagos relentos que nos induz a exercer a função galacta que habita em nossa máquina poetizando o ser.

Toinho Chagas
Enviado por Toinho Chagas em 30/10/2010
Reeditado em 29/08/2021
Código do texto: T2587162
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