Trafego

Trafego

Nessa ferrovia, não via meu destino passar,

e nem percebia ou sabia que as pessoas caminhando

não vão mais voltar pra cá,

vão pra lá, jamais voltar...

Esses passageiros tão passageiros na rua

passando na vida minha a esquecida na lua,

distante a sonhar o sólido,

tão sólido mundo ilógico...

Eles não percebem, e nem mais querem saber,

que eles nos caminhos se vão sozinhos morrer,

nas suas solidões tão ternas,

nas suas vastidões internas...

Nessa ferrovia perdia meus desenhos de infancia,

e nem percebia nem via que o passado em sua estancia

se perdia no limiar,

da razão de meu sonhar

Eles não percebem, nem reconhecem o real,

vivem se importanto e vão procurando o normal

modo normal de viver

e assim desaparecer...

Nessa ferrovia perdia meus brinquedos, memórias

que bem me prendia nos dias d’esquecidas histórias

que não se tem mais, passado

que não volta mais de fato...

Eles só passavam e nem ligavam pra isso,

querem os seus mundos sem nenhum disperdício,

e nem nunca percebeu-se,

que a infância, perdeu-se...

Só isso...