Túmulo inútil

aqui jaz o ser inconcebido de dor abrasiva,

temido pelo soar do vento e da relva inatista,

na sombria lua morta e tão somente evasiva,

com contrastes úmidos da seiva corrosiva.

O seu enterro foi na secreção anônima,

e com o sangue derretido da dor expressiva,

no embarque da solidão minuciosa que traumatiza,

da estrela que não brilha no seu espaço se fazendo desconhecida.

Nos postais negros da desastrosa rixa,

que numa ambiguidade sólida se deserda,

sublinhando a força negativa da instrução absolvida

pelas florestas derradeiras somam seus atos de mortes negativas.

Túmulo inútil que regressa a desordem episcopal,

dentre os desertos anônimos do agreste insolúvel,

que sobrecarrega as fresas dos nervos diplomáticos,

diante das sombras nulas da desejo nômade e transversal.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 19/12/2010
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T2680628
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