Projétil
Rompe um espaço vazio
Corta o ar, corta a carne
Atravessa o muro que crio
Passa a massa cinzenta ao cerne
Vai, corta, esburaca, um rio
De sons, sentidos, desencarne
Chumbo que trespassa frio
Rompe peito, ali consterne
Faça a voz dos mais loucos
O pulso dos mais miseráveis
A depressão dos mais roucos
Plúmbeo projétil dos afáveis
Reservada coragem de poucos
Certeza de finais mais confiáveis.
Lord Brainron