"Mas isso é tão normal"

Normal é o cidadão,

que atravessa a rua

com uma garrafa na mão,

e chega à areia,

que de mulheres está cheia.

Entorna a garrafa,

Entorpece a mente...

E dança na praia

Com toda aquela gente.

Entorpecido volta pra casa

e perde o caminho.

No dia seguinte cheio

de ressaca, com

uma preguiça infernal...

Está sozinho

o tão normal.

O doido...

Acorda num domingo,

de bode com a vida.

Vai pro quintal,

Com a mente sã...

Nem um pouco entorpecida.

Senta junto às galinhas,

Ouvindo o som do vento

nas palhas do coqueiro.

E inerte fica...

Apreciando a natureza,

de forma tão rica.

Alguém lhe olha por trás:

Coitado... Ficou doido de vez

o pobre rapaz.

Zemar Sousa
Enviado por Zemar Sousa em 28/10/2006
Reeditado em 26/05/2017
Código do texto: T275763
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