Não permita a virgem
Não permita a virgem que tenhas poder
Sobre lágrimas, egos, fazendas.
Quando lábios sem alma querem querer-te
Avista compra a loja.
Não de uma de espertinho, não invista em cristos,
Não te faças de bobo.
As fogueiras a primeira vista, com papel de revista,
Se apaga bem rápido.
O cavalo de Átila não sabe trotar
Sem pisar flores silvestres.
Os passaros com animo de molestar
Colecionam estátuas equestres.
Coisas de tira e põe, mariposas de sangue marrom
Carnavais nos subúrbios do meu coração.
A beleza é um rabo de nuvem
Que sobe de dois em dois os degraus.
Um carne exclusivo de sócio
Do abundante negocio da primavera
Um barril de cerveja que mata de sede
Um melão com pedúnculo de melancia.
Um espia inimigo, um contigo ao revés
Um umbigo de bijuteria.
Coisas de tira e põe, mariposas de sangue marrom
Não me queiras querer
Não me queiras matar, coração.
Coisa de tira e põe, mariposas de sangue marrom
Cardeais nos funerais do meu coração
Não permita a virgem que tenhas poder...