Não permita a virgem

Não permita a virgem que tenhas poder

Sobre lágrimas, egos, fazendas.

Quando lábios sem alma querem querer-te

Avista compra a loja.

Não de uma de espertinho, não invista em cristos,

Não te faças de bobo.

As fogueiras a primeira vista, com papel de revista,

Se apaga bem rápido.

O cavalo de Átila não sabe trotar

Sem pisar flores silvestres.

Os passaros com animo de molestar

Colecionam estátuas equestres.

Coisas de tira e põe, mariposas de sangue marrom

Carnavais nos subúrbios do meu coração.

A beleza é um rabo de nuvem

Que sobe de dois em dois os degraus.

Um carne exclusivo de sócio

Do abundante negocio da primavera

Um barril de cerveja que mata de sede

Um melão com pedúnculo de melancia.

Um espia inimigo, um contigo ao revés

Um umbigo de bijuteria.

Coisas de tira e põe, mariposas de sangue marrom

Não me queiras querer

Não me queiras matar, coração.

Coisa de tira e põe, mariposas de sangue marrom

Cardeais nos funerais do meu coração

Não permita a virgem que tenhas poder...

Joaquin
Enviado por Joaquin em 04/02/2011
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