Buraco na parede

Olhando pelo buraco negro

Da minha mente poluída

De coisas sujas;

De coisas podres;

De coisas simples;

De coisas interessantes.

A vida me nega a realidade

Comum ao pensamento

Corrente, distante e diferente

Embalado por antigas cantigas

De comerciais

De romances dúbios

E absurdos

Dando um tom fantástico

Ao mundo que me cerca.

Deixando a porta aberta para

Loucuras reais demais para viver,

Escrever,

Contar

ou sonhar.

Então volto ao meu sótão que sempre me acolheu

E me recolho aos versos.

14/02/2011

21:04hrs

Marcelo Riboni

Marcelo Riboni
Enviado por Marcelo Riboni em 16/02/2011
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