O SUICIDA
O suicida
Diante do precipício
Dava voltas em seu eixo
Relembrava toda sua vida
Num só desfecho.
De cima ver o fundo
As rochas sem águas
As lágrimas que caíam
Do coração que doía
Perdoe o forasteiro
Pois nunca ganhou dinheiro
Que pra sobreviver na vida
Precisou do mundo inteiro
Pobre infeliz
Chegou o seu dia
Do vento que falava
Ou Homem de pouca fé!
Deixou amigos e mulher
Deixou até o Mané
Com quem dividia o mé.
Resolveu então encurtar
A vida que ali parava
O sofrimento que assolava
Sem dor e sem demora
Deixou menino deixou nora
Deixou esposa que chora.
Pois a vida que levava
Ele nem imaginava
Que aqui todos o amavam.
Escrito em 20 de fevereiro de 2011, por Orlando Oliveira