Galhos e mãos
Não sou de confiar nos galhos
Se aos meus pés curva-se o abismo
E nem sou de pegar atalhos
Não creio em imediatismos
Não faço pacto com a sorte
Meu destino eu mesmo traço
Que onipresente é só a morte
Com a vida posta em seus braços
Depois não creio em recomeço
Se tudo vem depois do sono
Somos o avesso ao avesso
De olhos abertos ou sonhando
E quem poderá duvidar
Que pode estar vivendo ou não
Dentro de um sonho a sonhar
Que tem nos galhos minhas mãos