Galhos e mãos

Não sou de confiar nos galhos

Se aos meus pés curva-se o abismo

E nem sou de pegar atalhos

Não creio em imediatismos

Não faço pacto com a sorte

Meu destino eu mesmo traço

Que onipresente é só a morte

Com a vida posta em seus braços

Depois não creio em recomeço

Se tudo vem depois do sono

Somos o avesso ao avesso

De olhos abertos ou sonhando

E quem poderá duvidar

Que pode estar vivendo ou não

Dentro de um sonho a sonhar

Que tem nos galhos minhas mãos

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 22/06/2011
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