Tão vazio

São tantos dos prazeres estes, vendidos sobre o âmago indene

Das tuas veias rubras de vida vazia; cheias de teu vazio doer,

Onde as máscaras tuas te enganam e surrupiam de ti a quine

De magismo que esvaece tua alma antes da vida em ti padecer.

Eis o vazio em cadáveres de prazeres; e tu, como um mendigo.

Estes são os que prometeram adelos dourados para tua cerimônia

E que cremaram junto a ti o teu zelo; a tua amante; o teu abrigo,

Que hoje serve de aposento para o lado vazio da tua íntima sinfonia.

Escutai os garnidos avios de tua alma por sentidos viciados,

Que já, estes, em silêncio, teu funeral de vida selaram,

Antes que atestasse a vida pela morte, os teus pedidos roubados;

Ou mais, onde lamuriais teus desejos; - estes o levaram.

Vede aqueles ávidos, cheios de perguntas nos olhos de vida,

Eivando pela boca a despida vontade de consumir-te o cerne

E debulhar teu sangue com aquela taça de fios de venda;

Estes não entendem o vazio da vontade e da miserável carne.

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 25/07/2011
Código do texto: T3116725
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