Os contos que eu conto
Não lhe ofereceu a lua, lhe disse somente, fique!
Comigo não tem fortuna que vale o coração que te darei
Ela duvidou um momento
E logo respondeu que sim
Mas sem juramentos que depois
Não vais cumprir.
E se de verdade me amas não havera casorio, Para que?
Com dois em uma cama sobram,
Testemunhas, padre e juiz.
E viveram longe do trafico e da poluição
Melhor chegar a velhos, pescando em algum ribeirão.
E le deu um anel destes que o tempo disbota
E levantou um castelo de areia fina junto ao mar.
Seus dois filhos duvidaram entre o dinheiro e o saber.
Chamaram ao primeiro Caim e ao menor Abel.
Eu li, eu sonhei, eu vivi, eu inventei
Meu conto de momento começa bem.
A Abel o liquidaram o crime nunca se esclareceu.
Apenas ficaram só Caim e sua ambição
Montaram um negocio no terreninho do papai
Que boa sociedade: Caim Demolições S.A
Fizeram um palacio, um projeto de urbanização
Aquele Eden simples, agora é Nova York
Os dois velhos se hospedam em um lar pra terceira idade
E o filho que lhes resta
No natal lhes manda um postal.
Eu contei tal como foi,
O que farei?
Afinal os contos que eu conto
Acabam tão mal.
Os contos que eu conto acabam fatal
Não sou eu,
Os contos que eu conto acabam so bad.
Joaquin