Os contos que eu conto

Não lhe ofereceu a lua, lhe disse somente, fique!

Comigo não tem fortuna que vale o coração que te darei

Ela duvidou um momento

E logo respondeu que sim

Mas sem juramentos que depois

Não vais cumprir.

E se de verdade me amas não havera casorio, Para que?

Com dois em uma cama sobram,

Testemunhas, padre e juiz.

E viveram longe do trafico e da poluição

Melhor chegar a velhos, pescando em algum ribeirão.

E le deu um anel destes que o tempo disbota

E levantou um castelo de areia fina junto ao mar.

Seus dois filhos duvidaram entre o dinheiro e o saber.

Chamaram ao primeiro Caim e ao menor Abel.

Eu li, eu sonhei, eu vivi, eu inventei

Meu conto de momento começa bem.

A Abel o liquidaram o crime nunca se esclareceu.

Apenas ficaram só Caim e sua ambição

Montaram um negocio no terreninho do papai

Que boa sociedade: Caim Demolições S.A

Fizeram um palacio, um projeto de urbanização

Aquele Eden simples, agora é Nova York

Os dois velhos se hospedam em um lar pra terceira idade

E o filho que lhes resta

No natal lhes manda um postal.

Eu contei tal como foi,

O que farei?

Afinal os contos que eu conto

Acabam tão mal.

Os contos que eu conto acabam fatal

Não sou eu,

Os contos que eu conto acabam so bad.

Joaquin

Joaquin
Enviado por Joaquin em 19/02/2012
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