Lagrimas de plastico a zul

Pelas beiradas da madrugada

Baila com as porteiras sua canção ao sol

Com as olheiras que te sobram aos teus olhos coração

Um dia depois do que o vento se levou.

As secretarias com suas marmitas

Na padaria da esquina tomam café

E quando baixam da lua o disco duro de roer

com o sonho ao revés e um futo sem amanhã

Choram:

Lagrimas de plastico azul rodando pela escadaria

Tribos dos mares do sul no limite da fronteira

Labios de papel de fumar, sabios que não sabem nada

Naufragos na catedral, teias de aranhas acostumadas

A fazer noite no cristal.

Os cirurgiões das decepções

Destroem com bisturi a alegria

As veias do amanhecer armazenam sangue frio

Cada segunda nasce morto o novo dia.

O lapis comissura da tua boca

Retoca os agravios do carmim

Os proxenetas se acomodam no banco de um botiquim

E os Romeos se demoram

E as Julietas se desenamoram.

Lagrimas de plastico azul

Rodando pela escadaria

Tribos dos mares do sul no limite da fronteira

Labios de papel de fumar

Sábios que não sabem nada

Naúfragos nas catedrais

Teias de aranhas amotinadas.

Lagrimas de plastico azul

Com sabor a despedida

Quando vai passar um ônibus

nesta rua sem saida?

Labios de papel de fumar

Sábios que não sabem nada

pétalas de flor de hospital

Teias de aranhas amotinadas.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 20/02/2012
Código do texto: T3510156