DE ONDE VIM?
DE ONDE VIM?
As lagrimas petrificam-se na visão hemeralópica
As narinas desmancham-se na coriza do cerrado
O tempo,... Mata o tempo na poeira microscópica
O vácuo de sanidade é meu contestado advogado...
E as estalactites da gruta cerebral são-me hidropisia.
Manietam os pensamentos em sonhos hipotérmicos
Que são sonambúlicos pesadelos da minha genealogia
Da criação apolínea de loucos sentimentos sintéticos.
De onde vim? Talvez, da satiríase de cosmos em cios
Da ambiência que confrangem todos os meus vazios
Da hermenêutica sagrada dos meus universos infandos
Oh! Não sou a imagem e semelhança de alguns bandos?!
Sou a perturbação da guerra que no peito,... É a tua paz.
O terribilíssimo assombro da uma superstição costumaz
De onde vim?! Sou uma alucinação centrípeta e tua anarquia
É minha filha! Volva para teu mundo-calabouço em apsiquia!
É tanta fome que me come nas tripas enforcadas no abdômen
E os restos são os intestinos que forçam no reto o bicho-homem
Sai séptico na esclerose paralitica da existência ancilostomíase
E o paralelo com a lepra encefálica,... Chama-se elefantíase.
Vôo nos mistérios do existencialismo e aos tutões eu rujo
A minha língua áspide na idiossincrasia da impassibilidade.
Vim do mesmo lugar que viestes, mas das suas arvores fujo
Pois não quero me responsabilizar por tua incapacidade,...
Por teu modo humano e opresso de maltratar tua espécie,...
Nas criptas milenares, no bar da dor repousam tua subespécie
E do teu mal estão apetecidos, guardar-te-ão nas cavernas de ossos.
Absolto pelos terráqueos que me pariram, sou a desmesura dos insossos.
CHICO DE ARRUDA.