A COVA DA MORTE

A Cova da Morte

Quando eu morrer, eu quero ser enterrado

Em uma cova no chão

Com sete palmos de areia

Sobre meu pobre coração.

Não quero carpideiras chorando

Em cima do meu caixão,

Quero flores e mais flores

Perfumando a solidão.

Não quero criptas de ouro, nem as de bronze também,

Só quero os meus amores. Com um belo buquê de flores,

Segurando, as alças do meu caixão.

Velas queimando por fora

E dentro meu violão.

Saudades eu levarei para o alto do Senhor

Não tenho mãe pra chorar, nem pedir o meu perdão,

Só quero vê-la sorrindo,

Ao chegar lá nas alturas,

Dizendo-me, abraça-me apertado,

Meu filho do coração.

Neste último desejo, sei que Deus me ouvirá,

Pois meu sofrer cá na terra,

Sei que nunca vai parar,

Assim, amigos adeus,

Mais uma vida se encerra.

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Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 18/08/2012
Reeditado em 26/10/2012
Código do texto: T3837064
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