Pobre Louco


Pobre louco, tão forte, tão jovem,
Mas com cabeça que já não domina o corpo.
Muito tarde. Todos dizem.

Antônio ri e ri muito.
Mas porque ri tanto?
Talvez aquela formiga a contar-lhe uma anedota.
Quem sabe. Ninguém pode saber.

Mas ele ri e ri muito.
Pobre Antônio, pobre louco.
Antes, apenas pequenos sintomas,
Agora, inútil tentar algo por ele.
Uma vida inútil, hoje.

Um dia quem sabe,
Eles reconheçam em Antônio
O filho sonhado e já perdido.
Será tarde. Já é tarde.

E Antônio, na sua loucura,
Ri e ri muito, cada vez mais.
Eles olham e prosseguem seu caminho.
Pobre Antônio. Pobre louco.

Escrito por Cristawein
Cristawein
Enviado por Cristawein em 03/09/2012
Reeditado em 27/10/2014
Código do texto: T3863978
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