GRITO DO CONSCIENTE

Ao léu esconde-se o horror, aos olhos a fúria

despedaçando dardos de metal translúcido

Triste mestre sozinho em tão estrada turva

compartilha nas derrotas a soberba do inimigo

Onde está o vil tormento em decrépita ascendência

invadindo meus pensamentos vãos?

Grito! Eis o conteste do eu com o eu sozinho

movendo-se entre escombros do consciente!

És decerto doce ilusão, que pela senda caminha

em busca do fim, infame realidade.

Não vês? impoluta combinação, mente e corpo,

entrelaçados, soltos na infinidade.

Mas estava escrito, eu vi! A Décima Profecia

Nem certo ou errado, tolo é o sacrifício.

O pobre sábio já contava mesmo sua versão

Em dias mornos, o vento vai para outras paragens

Sóbrio devaneio ecoando calado

por entre as montanhas para todo o sempre.

Sim! O vício não me deixa ver diferença

entre bens e quereres, que escolha faço?

Aproxima-se o momento, o silêncio é quase mortal

na arena eu me encontro com o destino

Mergulho em vôo rasante, no azul profundo da imensidão

vejo o mar... ah o mar.

Euclides Marques
Enviado por Euclides Marques em 12/09/2012
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T3878832
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