O SILÊNCIO DO TEMPO

O SILENCIO DO TEMPO

O tempo passa livre de intempéries, pica a sorte do futuro...

Vai à luz da escuridão,... Abrindo as paredes do suplicio agora...

No catastrófico assoreamento da Terra que te manda embora

Vão-nos ventos ácidos o soterramento pálido da derradeira hora

E a poluta espécie, alimenta-se do sanduíche de pão com terra.

Dê cabo dos largos passos de desperdício, insulte o que não agüenta

Pois a liberdade é estreita para quem vive da fome da pimenta

Visto que é caduco no caminhar, estéril ao pensar, porque correr a 160?

O tempo arranca-te das raízes dos cabelos, é a mortalha da natureza crua

É a asfixia crônica da tua excelência, é o caos perambulando na rua

Passa-nos despercebido, e ao chegar, envergonhar-se-á da tua vestimenta nua.

Ouça o silencio do tempo,... Na paz dos olhos cegados pelo ódio...

Na covardia de nossos confortos e na miséria dos que só têm o dinheiro.

E inda que nada viva ou nasça no universo, ele não encontrará estaleiro

Trafegará seguro nas ondas remotas de um dócil e desconhecível nevoeiro

Estará em meio ao novo e o velho,... E no seu modelo inalterável de justiça.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 19/11/2012
Código do texto: T3993313
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