HOSPITAL DA VULGARIDADE

HOSPITAL DA VULGARIDADE

Ativo os dedos na caneta onde o passivo papel freme

Assusta-se com a deselegância das letras de Parkinson do mal

Tolhi-me, o analfabetismo do computador não me é leme

O Alzheimer não é vírus da demência de um cérebro de cal,...

Sou caiado no posto de saúde das orgias de minhas reticências

Capaz de abolir subterfúgios para cuspir nossas maledicências.

O mundo se farta de quatro numa flatulência de ignorância

Necessitam de auxilio para compor sua hipócrita protuberância

Não ajustam seus encéfalos para pensar na sensatez da solidão

Trilham sempre trôpegos pelo azar dos mesmos caminhos

Não testam a mão canhota, não suam na sorte dos seus espinhos

São ases em regurgitar as mesmas palavras consoladas na ilusão

Têm a hipertensão da rotina, uma diabetes de um caos dos iguais

A preguiça de ser diferente fá-los marionetes de conceitos nocivos

Ditados cantados, expostos nas esquinas da educação dos bacanais

Na alergia de uma crença, doença, de que possuímos o ar dos altivos.

O humano é cirrose que se alimenta da arrogância e está em bulimia

Bulimia de sacanagem!... O solilóquio é a verdade da minha alquimia

Dialogue com seu cérebro, vadie-se! O inusitado não é loucura,...

É carnaval de novas experiências e abrir-te-á um leque do que procura

Fuja dessa moral anoréxica! O mundo lhe depositou rios de esperanças

Use o estetoscópio da dor e ouvirá o grito orgulhoso da hereditariedade

Que jazem no catre de um cosmo salutar,... Um hospital da vulgaridade.

Certo e errado, cru e cozido,... Fácil ou difícil, tudo tem suas nuanças.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 22/11/2012
Código do texto: T3998398
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