ETERNIDADE

ETERNIDADE

Eu vi um futuro eremita, uma humanidade claustrofóbica

Onde viveremos em perenal hipalgesia, na apatia da audácia

Na crucificação do medo e no pânico de uma paz hidrofóbica.

Eclodiremos e perduraremos no ciclo vicioso da contumácia...

A gnose está progredindo para a perpetuidade do humanóide

Laboratórios querem lograr o segredo da juventude,...

Busca a ab-rogação da velhice,... Nós escocharíamos a vicissitude?

Se bom ou ruim, quiça sentiremos a emoção de ser andróide

A mesmice de nos tolerar e sorrir para análogos prantos.

Eu li nas tabuas sumérias e na casa dos Cários o tanger dos espantos

E gemi,... Na Asgard de Odin a angustia do insurrecto Thor

E no olimpo de Zeus?! Eu vi seu raio vicejando em suor...

Deuses superados e novos santos-reis do universo ominosos.

Uma parapraxia que exterminará as cidades de ossos e cruzes

Santuários serão obras de arte e a hostilidade virá aos piedosos.

E as vozes dos vanilóquios? Adornarão em suas cabeças capuzes.

Freto são os olhos da coerência onde híbridos povoarão o azul

Gebos de uma Terra que amparará a vida de protozoários êxul...

E num ladairo em frenesi, os anjos dos subterrâneos serão libertos

Vomitarão sua sanha de ganância numa farmácia de expertos.

Foi retouçando em kafkiano que vi os vampiros fraternos afalando,...

Estava em algaravia na minha cerebral tênue sagacidade!

Na inconsciência de ter uma única mulher sem rivalidade

E no câncer de jamais ouvir a saudade no meu peito soando.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 01/02/2013
Código do texto: T4116679
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