admirável mundo calhorda
em um curto espaço de tempo
faltou ar, a pressão disparou!
o pára-brisa molhado da chuva,
os ramos balançando ao pé da estrada,
o vento soava como canção,
fazia-me feliz, guiava-me.
a paisagem muda falava alto
dentro do que eu pude perceber,
lá longe o cenário parece nunca mudar
e ao meu lado tudo corre contra,
e eu quase não posso ver,
eu quase não me vejo no meio de tudo.
sou parte esquecida desse todo
e nesse todo sou o principal.
as curvas dançando como serpente,
as placas que nunca vejo
e meu mundo particular sobre rodas.
nunca estou na mesma paisagem,
nunca sou a mesma paisagem,
mas nunca esqueço quem sou
e quando o sol cai leve no horizonte,
e a poeira vespertina desperta,
concreto, asfalto, motor, motor, motor...
a noite vem, o sonho real adormece para alguns,
o sonho real desperta para outros.
minha viagem tem cheiro de vida,
minha vida tem por essência a viagem.
coments.:
acho que é assim que algumas coisas da vida devem ser tratadas.