PRÓDROMOS DE MINHA REBELIÃO
PRÓDROMOS DE MINHA REBELIÃO
E eis que meu ambárico encéfalo vomita suas ambrosias
Carniçaria filípica, noz-vômica! Gêiseres das minhas epilepsias
Dos meus antojos pelos rudos quebrantos de uma genealogia...
Que sendo lassos, têm o talento vendido nas quitandas da velhacaria.
Ensangüento-me nas estalactites dos meus neurônios álgidos,...
Dispo o pálio ateu de religiões que masca o dinheiro dos convergidos
Na mancebia fantasmagórica com hamléticos Zeus,...
E no microcéfalo de gentis educados na vesânica dos fariseus.
Acendo o archote meio ao clã de cutelos a furar-me o crânio
Mas quão espanto de retardados em ler o meu subterrâneo
Que os carrascos pábulos imprecam ao aço por sua presa
E quais magias pairadas no ar fremem no chão a sua grandeza...
E colma-lhe a hética que se obstina em roer minhas concepções.
Minha argúcia são os alouces que escarram suas negações...
As suas veias cerebrais são salas venéreas cheias de fusas
Vivem na alfombra de sua antogênese morféia de medusas
Mas é um eólico hissope que benze as feridas dos pusilânimes
Que habita seu pseudo-hermafroditismo de omissões unânimes
E são os pródromos de sua rebelião omnívora vésper ao extermínio.
Soam as inúbias! Desejam a paz nos opróbrios do seu raciocínio.
Cala-te! Emudece o hinir vindo de cloacas absconsas e putrescíveis
Meus tálamos cinzentos desprezam a ambiência de deuses perecíveis
Essa pecha é o antibiótico afluxo de humores que alegram os dízimos
E eu, sou a nicotina e o alcatrão respirando hidrogênio e oxigênio dos ínfimos.
CHICO DE ARRUDA.