PRÓDROMOS DE MINHA REBELIÃO

PRÓDROMOS DE MINHA REBELIÃO

E eis que meu ambárico encéfalo vomita suas ambrosias

Carniçaria filípica, noz-vômica! Gêiseres das minhas epilepsias

Dos meus antojos pelos rudos quebrantos de uma genealogia...

Que sendo lassos, têm o talento vendido nas quitandas da velhacaria.

Ensangüento-me nas estalactites dos meus neurônios álgidos,...

Dispo o pálio ateu de religiões que masca o dinheiro dos convergidos

Na mancebia fantasmagórica com hamléticos Zeus,...

E no microcéfalo de gentis educados na vesânica dos fariseus.

Acendo o archote meio ao clã de cutelos a furar-me o crânio

Mas quão espanto de retardados em ler o meu subterrâneo

Que os carrascos pábulos imprecam ao aço por sua presa

E quais magias pairadas no ar fremem no chão a sua grandeza...

E colma-lhe a hética que se obstina em roer minhas concepções.

Minha argúcia são os alouces que escarram suas negações...

As suas veias cerebrais são salas venéreas cheias de fusas

Vivem na alfombra de sua antogênese morféia de medusas

Mas é um eólico hissope que benze as feridas dos pusilânimes

Que habita seu pseudo-hermafroditismo de omissões unânimes

E são os pródromos de sua rebelião omnívora vésper ao extermínio.

Soam as inúbias! Desejam a paz nos opróbrios do seu raciocínio.

Cala-te! Emudece o hinir vindo de cloacas absconsas e putrescíveis

Meus tálamos cinzentos desprezam a ambiência de deuses perecíveis

Essa pecha é o antibiótico afluxo de humores que alegram os dízimos

E eu, sou a nicotina e o alcatrão respirando hidrogênio e oxigênio dos ínfimos.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 19/02/2013
Código do texto: T4149458
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