O ÚLTIMO MAIA.
O ÚLTIMO MAIA
Estou no pelourinho dos crassos, na primeva da nula psique
Escravo dos azorragues dos puros que expõem minha carne...
E a epigênese dos cardos é um eflúvio pútrido de alambique.
A hematúria vem consubstanciar-me aos risos de meu escarne
O puro-sangue morubixaba na liça revigora-se na dor de sua escara
Não se rende a fé dos algentes,... Silvícolas civilizados no estupro.
Meus órgãos têm a mesma cor dos mazombos! Zambis em paus de arara
A escravidão vage os grilhões que libertam a revolta que me supro,...
E a tênia de letargos lia os pseudo-salmos da inquisição indulgente.
Éreis nos idos do heliocentrismo, e o astrônomo engoliu sua ciência
Tínheis o dom de domar os céus, mas atossicaram-lhe sabiamente
Prosternado sobreviveu aos altanados esterquilínio de benevolência.
Meu amo feudal é um noitibó errante e nutre-se de sacrifícios
E nos assomos de ira é homeômere do Cérbero dos deuses
Baba sua ptialina na rasga da aponevrose de nossos suplícios
É a apostema de uma substancia que ama o sangue dos adeuses
É o moscardo mais raro a voar numa humanidade que é flor de cemitério
E adrede, é tão volátil e frívolo e inerme,... Quanto à sua existência.
Ao ultimo maia urgia uma reação rápida, o suicídio beirava um refrigério
E quão antropólogos extraterrestres que só estudaram a sua decadência
Foi-se a procriar na miscigenação dos canibalismos da evolução,...
Na filogênese que atravessou eras de quimiotaxia de amebas cesarianas
Donde na escravatura há a face mais singela e democrática da corrupção
E é onde a minha hereditariedade,... Será comercializada em gincanas.
CHICO DE ARRUDA.