O ÚLTIMO MAIA.

O ÚLTIMO MAIA

Estou no pelourinho dos crassos, na primeva da nula psique

Escravo dos azorragues dos puros que expõem minha carne...

E a epigênese dos cardos é um eflúvio pútrido de alambique.

A hematúria vem consubstanciar-me aos risos de meu escarne

O puro-sangue morubixaba na liça revigora-se na dor de sua escara

Não se rende a fé dos algentes,... Silvícolas civilizados no estupro.

Meus órgãos têm a mesma cor dos mazombos! Zambis em paus de arara

A escravidão vage os grilhões que libertam a revolta que me supro,...

E a tênia de letargos lia os pseudo-salmos da inquisição indulgente.

Éreis nos idos do heliocentrismo, e o astrônomo engoliu sua ciência

Tínheis o dom de domar os céus, mas atossicaram-lhe sabiamente

Prosternado sobreviveu aos altanados esterquilínio de benevolência.

Meu amo feudal é um noitibó errante e nutre-se de sacrifícios

E nos assomos de ira é homeômere do Cérbero dos deuses

Baba sua ptialina na rasga da aponevrose de nossos suplícios

É a apostema de uma substancia que ama o sangue dos adeuses

É o moscardo mais raro a voar numa humanidade que é flor de cemitério

E adrede, é tão volátil e frívolo e inerme,... Quanto à sua existência.

Ao ultimo maia urgia uma reação rápida, o suicídio beirava um refrigério

E quão antropólogos extraterrestres que só estudaram a sua decadência

Foi-se a procriar na miscigenação dos canibalismos da evolução,...

Na filogênese que atravessou eras de quimiotaxia de amebas cesarianas

Donde na escravatura há a face mais singela e democrática da corrupção

E é onde a minha hereditariedade,... Será comercializada em gincanas.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 21/02/2013
Código do texto: T4153066
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